Olá!
Hoje vou falar para vocês sobre 6 livros, que nós amantes da leitura, precisamos ler.
A um fato infundado sobre a literatura brasileira: que ela é ruim.
No meu ensino médio, cansei de ouvir pessoas falando que não lia os "clássicos" brasileiros porque eles eram chatos! Quando a verdade é que MUITOS são um de uma beleza espetacular. Essas pessoas julgaram todo um período, por um livro que foram obrigados a ler: Memórias póstumas de Brás Cubas.
Não vou falar sobre ele por que também não li... ^^ mas irei!
Então vou indicar a minha lista de 6 livros que são lindos, e um belo exemplar de como a nossa literatura é rica. Por favor, me acompanhe...
1° O primeiro livro de literatura brasileira do século 19 que li, foi Senhora. Dizer que sou apaixonada nesse livro é eufemismo!
Amo a escrita, o desenvolvimento da história, os personagens, e a forma como José de Alencar consegue transmitir os sentimentos em torno do casal principal. Eu mais que recomendo para quem não leu, que leia! =)
SenhoraAutor: José de AlencarGênero: Romance UrbanoAno de publicação: 1874, em forma de folhetim.
Sinopse:Aurélia Camargo, filha de uma pobre costureira e órfã de pai,depois de perder seu irmão apaixonou-se por Fernando Seixas – homem ambicioso - a quem namorou. Este, porém, desfaz a relação, movido pela vontade de se casar com uma moça rica, Adelaide Amaral, e pelo dote ao qual teria direito de receber.Passado algum tempo, Aurélia, já órfã de mãe também, recebe uma grande herança do avô e ascende socialmente. Passa, pois, a ser figura de destaque nos eventos da sociedade da época. Dividida entre o amor e o orgulho ferido, ela encarrega seu tutor e tio, Lemos, de negociar seu casamento com Fernando por um dote de cem contos de réis. O acordo realizado inclui, como uma de suas cláusulas, o desconhecimento da identidade da noiva por parte do contratado até as vésperas do casamento.Ao descobrir que sua noiva é Aurélia, Fernando fica muito feliz, pois, na verdade, nunca deixou de amá-la. A jovem, porém, na noite de núpcias, deixa claro: "comprou-o" para representar o papel de marido que uma mulher na sua posição social deve ter.
Senhora já teve três adaptações para a tevê; a primeira na TV Tupi na novela "O preço de um Homem" de 1971; a segunda pela Rede Globo em 1975, com o título original, no horário das 6. E a terceira pela Record, em 2005, na novela "Essas Mulheres" que adaptou mais outros dois romances do autor.
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2° Minha segunda indicação é A Moreninha. Amo também.
É uma história leve, delicada, bem trabalhada, e nos apresenta como era a sociedade brasileira do século 19, assim como no romance Senhora.
Tem momentos de humor, e em alguns aspectos me lembra "Sonho de uma Noite de Verão."
É considerado o romance tipicamente brasileiro, por retratar os hábitos da juventude carioca brasileira.
A MoreninhaAutor: Joaquim Manuel de Macedo.Gênero: RomanceAno de publicação: 1844.
Sinopse:Quatro estudantes de Medicina (Filipe, Leopoldo, Augusto e Fabrício) passam o feriado na casa da avó de um deles, na ilha de Paquetá. Um deles apostou que se ficasse apaixonado por uma mulher por mais de quinze dias, escreveria um romance contando a história desta paixão. A partir daí, conhece Carolina (a Moreninha ) por quem se apaixona. O único obstáculo à união dos dois é a promessa de fidelidade feita pelo estudante a uma menina que conhecera na infância e cujo paradeiro e identidade desconhecia. Porém, esse empecilho é resolvido no final do livro, causando surpresa aos leitores e personagens do enredo.
A Moreninha fui adaptada duas vezes para a tevê, a primeira pela Rede Globo em 1965,horário das 7, e a segunda pela mesma rede em 1975, horário das 6. Teve também uma adaptação para o cinema em 1970.
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3° indicação, é o livro Auto da Compadecida, ele é uma peça teatral em forma de 'auto'(gênero da literatura que trabalha com elementos cômicos e tem intenção moralizadora), apresentada em três atos.
Encontrei essa preciosidade na biblioteca da escola, e como só conhecia o filme, e gostava muito, fiquei muito animada para ler. E realmente não me decepcionou, a muito mais elementos no livro do no filme ou na série, - mas isso não é novidade. ¬¬
Lembro de dar altas risadas, a história é muito divertida, engraçada, a presença da religião forte, e a retratação do nordeste também. Esse é outro que você absolutamente não pode deixar de ler!
Auto da CompadecidaAutor: Ariano SuassunaGênero: Teatro, em forma de auto.Escrita em 1955, e encenada em 1956.
Descrição:A peça trata, de maneira leve e com humor, do drama vivido pelo povo nordestino: acuado pela seca, atormentado pelo medo da fome e em constante luta contra a miséria. Traça o perfil dos sertanejos nordestinos que estão submetidos à opressão e subjugados por famílias de poderosos coronéis donos de terra. Nesse contexto, o personagem de João representa o povo oprimido que tenta sobreviver no sertão, utilizando a única arma do pobre: a inteligência. (fonte: educação.)
Auto da Compadecida foi adaptada primeiro para a tevê, em uma minissérie "O Auto da Compadecida" em 1999 e em 2000 para o cinema com o mesmo nome.
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4° indicação, é o livro O Demônio Familiar, outra peça, que retrata o cotidiano da sociedade da época, século 19. E os planos de um escravo, para casar os patrões, se tornando o "demônio" daquela casa. Lembro que li esse livro para o vestibular, e me surpreendi, assim como Auto da Compadecida devorei esse livro em questão de horas. É engraçado, e leve. LEIAM ^^
O Demônio FamiliarAutor: José de AlencarGênero: Teatro, em quatro atosEscrita em 1857.
Descrição:A peça de José de Alencar reúne alguns dos ingredientes românticos mais convencionais. Todo o enredo é montado sobre tensões, maledicências, fofocas, mal-entendidos, que lhe dão o ritmo rocambolesco e complicado das narrativas folhetinescas do Romantismo. Estão presentes, ainda, os inescapáveis obstáculos para a realização amorosa do par central, como o projetado casamento da heroína com Azevedo e as atitudes de Pedro, que fazem com que o herói não se sinta amado por Henriqueta. (fonte: educação.)
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5° indicação é o livro: Memórias de um Sargento de Milícias. Esse foi outro que li quando estava no ensino médio, quando o professor pediu para fazermos um trabalho com os livros, de leitura obrigatória para o vestibular. Memórias retrata a vida de Leonardo, como também a sociedade carioca da época, não apenas a aristocracia, mas a classe baixa, os trabalhadores, o sistema politico da época, os costumes. Lembro que lia e comparava algumas das situações apresentadas, com as "atuais", e pensava como as pessoas eram diferentes, e seus ideais também, porém restam ainda muitas semelhanças. =)
Memórias de um Sargento de Milícias.Autor: Manuel Antônio de AlmeidaGênero: Romance.Ano de publicação: Foi publicado originalmente em folhetins no Correio Mercantil do Rio de Janeiro, entre 1852 e 1853, anonimamente. E publicado em 1854, e no lugar do autor constava "um brasileiro".
Sinopse: Relata a história de um pícaro com muita espontaneidade, com uma sátira contundente que costura o espírito cômico às aventuras de inúmeros personagens — nobres e burgueses, políticos e funcionários, padres e leigos, — todos eles representantes desse Brasil com questões já próprias.
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E o último livro dessa lista é...
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Helena.
Com certeza já ouviram falar dele, ou já leram. Li ele por ser uma indicação da minha mãe e ela conseguiu despertar minha curiosidade para essa história.
Procurei por ele na biblioteca da escola, encontrei e li.
Nossa como esse livro é tocante, lindo, e ao mesmo tempo, repete o gênero que compõe um romance estilo Nicholas Sparks...
Mas Machado é magistral, te prende com mistérios, desejos, e tristeza. Helena é com certeza um livro que DEVE ser lido. E o final desse livro é lindo e triste! =(
HelenaAutor: Machado de AssisGênero: RomanceAno de publicação: 1876
Descrição:
Em “Helena”, Machado de Assis mostra o melhor de seu estilo... romântico. Sim, este romance faz parte da primeira fase do escritor, a qual ele ainda está preso a estética vigente, o Romantismo, descrevendo de forma idealizada a heroína – um anjo na terra – e enaltecendo a moral e os bons costumes. Somente em alguns momentos vislumbramos o estilo que o tornaria célebre: na descrição dos personagens, como o doutor Matos e o doutor Camargo; no enfado de Estácio quando é obrigado a viajar com Eugênia para velar uma madrinha rica e moribunda – enxergamos laivos de Brás Cubas; até mesmo ambiguidade de Helena – triste e, num piscar de olhos, alegre – seria o gérmen de Capitu? Acabam aí as semelhanças. Helena é a filha ilegítima do conselheiro Vale, descoberta pela família – a irmã, dona Úrsula, e o filho, Estácio – na abertura do testamento quando da morte do conselheiro que a reconhece e, como último pedido, quer que ela viva com a família na chácara de Andaraí. Dona Úrsula aceita, mas de malgrado. Estácio fica feliz com a atitude do pai e por ganhar uma irmã. O amigo do conselheiro e futuro sogro de Estácio, doutor Camargo, fica muito desgostoso com a diminuição da herança. Helena chega e sua encantadora figura conquista a quase todos. No entanto, ela guarda um misterioso segredo que vai tumultuar a paz e a harmonia do lar.
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Bem gente, essa foi a minha listinha. Mas calma. Não estou dizendo que esses são os únicos, tem diversos livros da literatura brasileira que Devem ser lidos.
Eu mesmo tenho aqui uma outra lista de livros que quero ler, como a saga O Tempo e O Vento, A hora da Estrela, entre outros que não lembro agora ^^
Temos escritores fantásticos, em qualquer época que você busque.
Espero que tenham gostado, e até a próxima =D
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