Manter-se á margem oferece uma única e passiva perspectiva. Mas de uma hora para outra sempre chega o momento de encarar a vida do centro dos holofotes.
A luta entre apatia e entusiasmo marca o fim da adolescência de Charlie nesta história divertida e ao mesmo tempo instigante.
Quando um livro mexe com você de todas as formas,
Te faz rir,
Chorar,
Refletir,
E no fim, ser o melhor livro que você já leu... mas como diz o Charlie:
" (...). Agora é meu livro favorito, mas sempre acho que um livro é meu favorito até eu ler outro."
Esse livro é surpreendente, é lindo mas ao mesmo tempo simples. Charlie nos conta toda a sua história através de cartas que ele escreve para seu "Querido amigo".
No início achei estranho, pensei se o livro seria todo escrito assim, mas ao fim já não ligava mais; só queria ler e ler, e descobrir mais sobre esse garoto fantástico que era solitário, mas que fez amizades interessantes.
E então perceber a mente sincera e inocente dele... enxergar o mundo pelo seus olhos, e perceber que ele tinha razão.
"(...). Nos corredores, vejo as garotas vestindo as jaquetas dos rapazes e penso no conceito de propriedade. E me pergunto se alguém é realmente feliz. Espero que sejam. Realmente espero que sejam."
Eu poderia escrever aqui todas as frases, palavras que me marcaram nesse livro e no fim eu iria escreve-lo novamente.
O que me impressionou foi como uma história tão simples, com monólogos em sua maioria mexeu tanto comigo, me dando o sentimento de alívio e tristeza ao mesmo tempo.
Considero que essa história é particular para cada um que ler ela, mas que no fim causará o mesmo impacto.
Charlie é um adolescente hiper inteligente e retraído, ele é tímido, e não faz amizades tão facilmente, então quando algo acontece e ele precisa se distanciar de seus amigos, você percebe o tanto que a solidão que ele sentia é terrível. Nesse momento você só quer abraça-lo e pegar na mão dele e andar junto com ele.
Acho que é perceptível o tanto que gostei desse livro, a forma como ele te coloca para refletir sobre a vida e as amizades...
"É como se ele tirasse uma foto de Sam e a foto saísse linda. E ele pensa que o motivo para a foto sair bonita fosse ele fotografar bem. Se eu fizesse a foto, saberia que o único motivo da beleza é a própria Sam."
Então sim, sim eu quero que você leia esse livro.
Sim, quero que se apaixone por ele.
E sim, quero que você ame o Charlie e os amigos dele, e que como ele você veja o mundo de forma diferente e sincera.
"(...). Então, acho que somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer coisas. E podemos tentar ficar bem com elas."
Então quando chegarem no final do livro, espero que vocês sintam o que senti.
Que foi tristeza, mas por fim alegria. Alegria em saber que o Charlie não está mais sozinho, e assim como ele descobrir o tanto que ele é amado, e amar de forma sincera!
Até a próxima.
BeijO!
Nenhum comentário