O Conde Enfeitiçado by Julia Quinn

Toda vida tem um divisor de águas, um momento súbito, empolgante e extraordinário que muda a pessoa para sempre. Para Michael Stirling, esse instante ocorreu na primeira vez em que pôs os olhos em Francesca Bridgerton.Depois de anos colecionando conquistas amorosas sem nunca entregar seu coração, o libertino mais famoso de Londres enfim se apaixonou. Infelizmente, conheceu a mulher de seus sonhos no jantar de ensaio do casamento dela. Em 36 horas, Francesca se tornaria esposa do primo dele.Mas isso foi no passado. Quatro anos depois, Francesca está livre, embora só pense em Michael como amigo e confidente. E ele não ousa falar com ela sobre seus sentimentos – a culpa por amar a viúva de John, praticamente um irmão para ele, não permite.Em um encontro inesperado, porém, Francesca começa a ver Michael de outro modo. Quando ela cai nos braços dele, a paixão e o desejo provam ser mais fortes do que a culpa. Agora o ex-devasso precisa convencê-la de que nenhum homem além dele a fará mais feliz.

Esse é o sexto livro da série, e confesso que relutei em ler ele porque ouvi alguns comentários negativos de umas amigas minhas em relação a ele, e isso me deixou sem vontade de o ler porque nosso gosto literário é igual (na maioria dos casos), então fui protelando a leitura, até que final parei com a frescuragem e fui ler! ^^

A conclusão que tirei foi: A Francesca é a antissocial da família, aquela pessoa que quando os parentes chegam em casa ela não sai do quarto, além de sentir certo incomodo pela personalidade nada peculiar dos membros de sua família. Ou seja, ela não é a personagem carismática do livro, a história pode até ser dela e tudo mais, mas o foco é dirigido para outra pessoa.

O que nos leva ao personagem masculino principal: Michael Stirling – O Lindo!

Sim peoples, esse livro é totalmente dominado pela personagem masculina, mas você pode dizer que praticamente todas as histórias sobre a família Bridgerton a presença da personagem masculina é forte, e sim eu concordo, a questão é que, literalmente esse é o livro do Michael. “Mas Gaby, você por acaso leu o título desse livro???” Sim, eu li. Entretanto todos os títulos dessa série já nos dão uma dica de como será a história, e quando realizamos a leitura percebemos que a balança é equilibrada para ambos os lados, mas em O Conde Enfeitiçado, conhecemos o Michael, sabemos mais sobre ele, temos acesso aos seus pensamentos mais profundos, seus medos e desejos. Quanto mais lia, mais sentia que essa era a história do Michael sendo contada e não da Francesca. E graças a Deus por isso, porque todo o alivio cômico, todo o romance, o drama na história veio a partir dele, se dependêssemos da Francesca morreríamos de tédio! Kkkkkkkkkk ela tem sim seus momentos, mas em comparação com os do Michael são poucos. 

“Michael Stirling, Pecador.Podia ver isso escrito num cartão de visitas. Ele mesmo o teria mandado fazer – seu humor era exatamente deste tipo: negro – se não estivesse convencido de que a mãe morreria de desgosto no mesmo instante.”

E é por causa dele também, que começamos a olhar para Francesca de uma forma diferente (eu pelo menos né =) ), começamos a compreende-la melhor e a enxergar as mesmas qualidades que o Michael vê nela, e dessa forma a própria Francesca vai se transformando na história, ela ainda continua reservada, a “antissocial” mas começa a ter seu próprio charme e ter um lugarzinho na história que foi totalmente dominada por Michael.

"Era algo na forma como ela se movia.
Algo na maneira de respirar.
Algo na sua forma de existir.
Ele achava que jamais superaria aquilo."

Concluindo, eu gostei da história – não é minha preferida – afinal estamos falando de algo que foi escrito pela Julia Quinn, mas eu gostei justamente por causa do Michael, ele totalmente te conquista, e também porque meio que me identifiquei com a Francesca no quesito da “socialização”, kkkkkkk então o que para muitos (como as minhas amigas) é considerado esnobismo e vergonha da família, pode ser apenas uma questão de não conseguir ser tão social e caloroso como os outros integrantes da mesma, e isso o que escrevi aqui é a minha opinião, foi a forma como vi Francesca. Mas não adiantou, minhas amigas ainda a consideram uma chata. Kkkkkkkk

Mas acredito que de todos os finais, o dessa história foi o melhor para mim. Como já estamos familiarizados com o que aconteceu com a Francesca nos outros livros, sabemos o quanto ela sofreu pela perda do marido e o quanto ela o amava, e nesse livro temos um vislumbre da relação dela com sua sogra e com a mãe de Michael, e bem, a carta que a mãe do John escreve (não é spolier hein. ^^) produz aquele calor no coração, de que valeu totalmente ler a história para chegar no final e encontrar aquilo escrito ali, uma simples carta consegue te arrebatar para a história.

É isso pessoas, espero que tenham gostado, acabei não descrevendo muito o que acontece na história mas porque acredito que para contar sobre ela é preciso entender os personagens principais: Michael e Francesca. Mas uma boa leitura é garantida porque contamos com o selo de qualidade Julia Quinn!

Confira aqui as outras resenhas que fiz da série:
O Duque e Eu
O Visconde que me Amava
Um perfeito Cavalheiro (meu preferido da série)
Os segredos de Colin Bridgerton
Para Sir. Phillip, com Amor

Até a próxima.

BeijOs!